sábado, 20 de outubro de 2012

Lyon vence Brest pelo placar mínimo e se mantém na briga do topo

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Falta de objetividade foi, novamente, a tônica do ataque do OL. Mas com belo gol de Gomis, a vitória justa apareceu no Gerland




A nona rodada do Campeonato Francês começou cheia de surpresas. Com goleadas de Toulouse e Valenciennes, por exemplo. Mas na parte de cima, tudo normal. Mesmo o PSG tendo dificuldades, conseguiu vencer o Reims. Isso mostrava que o OL precisava da vitória para se manter na briga pela ponta da tabela, ainda mais tendo o Marseille jogando às 17h. Era missão do Lyon fazer o dever de casa e seguir firme entre os três primeiros colocados da Ligue1.

A vitória do Lyon contra o Brest pagava 1,35 na Bwin. E sem poder contar com Michel Bastos, Gourcuff e Grenier, Rémi Garde se viu obrigado a alterar a sua formação tática. Até mesmo para dar mais liberdade a Lisandro Lopéz, que vem sendo criticado pela imprensa francesa. A tática adotada foi o 4-4-2, com Briand e Lacazette abertos pelas pontas e Malbranque jogando mais recuado, quase como um segundo volante, e vindo por trás, quando o Lyon tinha a bola aos seus pés. Confira como ficou a disposição tática dos titulares do OL:




Landry Chauvin, treinador do Brest, parece ter tido dificuldades para armar o seu time titular. Uma hora antes do jogo se iniciar, o site da Ligue1 soltou as escalações oficiais. No Brest, o atacante Benschop aparecia entre os titulares. Mas minutos antes de iniciar a peleja, o avançado foi para o banco de reservas e o volante Coulibaly foi quem começou o jogo entre os titulares. Com os desfalques de Adama Ba, Alexandre Alphonse e Jonathan Ayité, esse acabou sendo o time titular do Brest:




No primeiro tempo, como um todo, o Lyon tinha amplo domínio da partida. Chegou a fazer incríveis 65% de posse de bola. Mas esbarrava no mesmo problema que vem acontecendo em vários jogos da temporada: consegue fazer sua vantagem na posse, mas não tem capacidades de transformar isso em vantagem real, na prática.


Atuando no 4-4-2, o time de Rémi Garde jogava de forma muito previsível. Sempre usando os dois alas como válvula de escape. Ora com Briand, ora com Lacazette. Mas falta um homem mais vertical nesse time do Lyon. Alguém que chame a responsabilidade e faça jogadas individuais, em direção ao gol. O time ficava ciscando em volta da área, mas criava poucas chances de gol.

As melhores oportunidades vieram em bolas paradas cobradas por Malbranque. Primeiro, aos 14’, quando cobrou uma falta ao estilo “chuveirinho” e colocou na cabeça de Lisandro. O argentino chegou a desviar a bola e Thébaux defendeu. Mas a arbitragem já marcava um impedimento.


Posteriormente, aos 34’, mais uma vez Malbranque seria um dos protagonistas das boas chances do OL. Cobrou um escanteio na cabeça de Dejan Lovren, que acertou um bom cabeceio. Thébaux novamente apareceu fazendo excelente defesa. No rebote, Briand acertou o travessão e quase emendou um voleio em seguida. Mas a bola já havia sido afastada pelos defensores do Brest.

Landry Chauvin parecia ter ido ao Gerland para jogar de forma defensiva. A formação, no papel, era ofensiva. Mas, na prática, o time visitante jogava muito recuado, esperando o Lyon chegar, errar, para aí, sim, partir para o contra-ataque, que por sinal, era pouco eficaz quando era acionado. Um empate parecia não ser um resultado ruim para o Stade Brestois. Principalmente quando perdeu Traoré no finalzinho do primeiro tempo, sentindo uma lesão, e dando lugar a Martial.


Na etapa final, as equipes voltaram as mesmas. E a proposta de jogo voltava a se repetir. Pressão esmagadora do Lyon e poucas oportunidades claras de gol. O Brest tentava puxar contra-golpes, mas era com pouca qualidade. A torcida fazia muito barulho e empurrava o time pra frente. Não demonstrava impaciência com o time demonstrando qualidade, mas sendo inócuo quando era pra ser certeiro.

A festa dos Gones se ampliou quando o placar foi aberto aos 12’ do segundo tempo. Troca de passes na entrada da área e Malbranque viu bem Gomis se deslocando. O centroavante, com liberdade, tocou sutilmente por cima na saída do goleiro Thébaux. A bola foi entrando devegar. Um lindo gol de Gomis, que na comemoração vestiu a cabeça do leãozinho, mascote do Lyon, e saiu comemorando como um felino. Um show a parte.


Logo após o gol, Rémi Garde fez a sua primeira alteração no time do Olympique Lyonnais. Colocou Arnold Mvuemba e retirou Jimmy Briand, que fez, enfim, uma boa partida. A intenção do treinador do Lyon era dar mais liberdade a Malbranque, deixando Mvuemba de segundo volante, Malbranque mais a frente, Lisandro e Lacazette aberto pelas pontas com Gomis centralizado. Ou seja, voltando ao tradicional 4-2-3-1.

Aos 31’, Gomis dava lugar a Rachid Ghezzal, que entra jogando pelo lado esquerdo e deixava Lisandro isolado na frente. O argentino visivelmente queria mostrar serviço na partida, mas era muito bem marcado pelos defensores adversários. Não fez uma partida ruim, mas também não foi fundamental para a pressão exercida pelo OL durante toda a partida.


Com a vantagem no placar, o Lyon não era mais tão afoito na hora de tocar a bola perto da área adversária. Tinha muito mais calma e paciência para tentar achar o lugar certo para encaixar a jogada e o passe ideal para chegar de frente ao gol de Thébaux. Isso dificilmente acontecia, mas quando a oportunidade aparecia, a chance de gol era real.

O Brest, até certo ponto, se mostrava um adversário covarde. Se manteve no primeiro tempo inteiro no seu campo de defesa, e mesmo depois de ter sofrido o gol, não esboçou quase nenhum tipo de reação. Vercoutre praticamente não sujou a camisa na partida deste domingo e não teve nenhum lance de grande perigo em direção ao seu gol.


Aos 38’ do segundo tempo, Steed Malbranque, que fez uma grande partida, precisou deixar o campo. Sentia cãibras depois do esforço gigante que fez durante todo o jogo. Em seu lugar, entrava Fofana. Agora, sim, o Lyon recuava, mesmo que um pouco, o seu estilo de jogo. Agora era uma espécie de 4-3-3, com três volantes no meio: Gonalons, Mvuemba e Fofana. Com os dois últimos tendo mais liberdade para carregar a bola.

No final do jogo, o Lyon não teve trabalho algum para manter o estilo de jogo que fez durante todo o jogo. Muito toque de bola e calma para manter a posse. Não correu riscos em momento algum da partida. Faltou ser mais vertical, mas garantiu os pontos necessários para se manter na briga pela ponta da tabela, juntamente com Marseille e PSG.




Próximo adversário: Atlhetic Bilbao, quinta-feira, às 14h do horário de verão brasileiro, pela Liga Europa. Até lá!

FOTOS: olweb.fr / L'Equipe / Ligue1.com


GOL DA PARTIDA:


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