domingo, 8 de abril de 2018

Memphis Depay brilha e participa dos cinco gols da goleada do OL diante do Metz

Filipe Frossard Papini
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O holandês marcou um gol e deu passe para outros quatro, dois deles para o zagueiro brasileiro Marcelo, que marcou duas vezes logo no começo do jogo




Bruno Génésio disse ao longo da semana que o Lyon teria outras sete finais até o fim da temporada. Ele estava se referindo a quantidade de jogos que ainda restam ao time na Ligue 1 e a possibilidade de ainda conseguir uma vaga para a próxima Liga dos Campeões.  O cenário não é tão perturbador assim. Precisa apenas passar o Marseille na 3ª colocação da tabela, com apenas dois pontos separando ambos. Isso significava que, uma vitória neste domingo, já colocaria pressão aos marselheses que jogariam mais tarde. A vantagem do OL neste duelo? Enfrentar o lanterna (disparado) da temporada: o Metz!

Além de ser um time que somou apenas 22 pontos em 31 jogos, o time da casa tinha um enorme problema para este jogo, em específico: ao todo são nove desfalques que o técnico Frédéric Hantz não poderia contar para o confronto. Isso significa que se todos fossem titulares, o último colocado do campeonato teria que entrar com um time reserva, claro que não é o caso. Mas não jogavam: Selimovic (suspenso) e os lesionados Didillon, Udol, Assou-Ekotto, Efouba Ayissi, Bisevac, Goudiaby, Jouffre e Jallow. Abaixo, veja como ficou os titulares:




Visitando o Metz mais uma vez – que sempre faz lembrar aquela vez, em dezembro de 2016, quando um rojão vindo da torcida acertou o goleiro Anthony Lopes, o OL tinha a gana de querer vencer para fazer a já citada pressão no Olympique de Marseille na tabela – que enfrentaria o Montpellier mais tarde. Mesmo com a volta de Mariano Díaz, Bruno Génésio decidiu começar com ele no banco, repetindo praticamente a formação tática que venceu bem o Toulouse na semana passada. Isso significa que, mais uma vez, Memphis Depay seria o centroavante do time titular. Veja como ficou:




Com a bola rolando, o público nem tinha chegado direito ao Stade Saint-Symphorien, e o Lyon já assustava no primeiro lance. Memphis Depay finalizou e Kawashima buscou no cantinho, mandando para escanteio. Na cobrança, o susto virou pesadelo. O próprio Memphis colocou na cabeça do brasileiro Marcelo, que subiu mais que Niakhaté para abrir o placar com 1’ de jogo: 1 a 0.

O Metz parecia dominado. Era o Lyon quem continuava chegando. Em um lance de escanteio bem parecido com o primeiro gol, o time da casa quase sofreu mais um revés, desta vez seria com Lucas Tousart, mas ele falhou na finalização. A reação do time da casa só aconteceu aos 14’. Foi a primeira chegada boa na partida. Roux recebeu na entrada da área e bateu de primeira. Lopes fez uma ponte para evitar o empate.

Parecia que o Metz cresceria um pouco no jogo. Começava a gostar da partida, conseguia tocar bem a bola e até avançava sua linha de marcação. Mas faltava muito. O Lyon só precisava de escanteio para chegar com perigo. Lembra do primeiro gol? Cruzamento de Memphis no corner e gol de cabeça do Marcelo? Exatamente isso aconteceu novamente, aos 21’. O brasileiro marcava seu segundo na partida. O segundo do OL: 2 a 0!

Era muito simples entender o motivo da derrocada do Metz. Sua defesa era frágil, não sabia sair jogando e tinha problemas de posicionamento. O meio de campo dava muitos espaços. Ndombélé e Aouar, a todo momento, tinha liberdades absurdas para sair carregando a bola da defesa ao ataque. E os homens de frente eram pesos de papel. Sem qualquer capacidade para construir jogadas individuais, tabelas, infiltrações, etc. O Lyon vencia pela imensa diferença de qualidade de jogo.

Com a desvantagem de dois gols no placar, o time da casa batalhava muito para tentar não sofrer essa derrota. Era nítida a questão da garra e vontade de mudar esse panorama. E por isso, mesmo sem querer, tentavam com exagero de força roubar a bola no ataque e faziam muitas faltas por ali. O time visivelmente estava nervoso e incomodado com a derrota, mas não parecia ter munição em mãos para mudar isso.

Antes mesmo do fim do intervalo, o Metz tentou mais uma vez de fora da área. Florent Mollet foi quem arriscou e Lopes, com os pés, acabou evitando. Mollet, inclusive, era o mais determinado do time da casa ao lado de Nolan Roux. Jogavam praticamente sozinhos. Mas, apesar deste susto que foi uma chance real de gol, o Lyon logo tomou as rédeas do jogo de novo e já voltava a dominar a bola no campo de ataque. O jogo parecia controlado em grande parte do tempo.

Na volta do intervalo, não teve gol relâmpago como no primeiro tempo. O Lyon quase fez o terceiro só perto dos 10’. Em uma jogada pela esquerda, Bertrand Traoré avançou até quase a linha de fundo e cruzou para a área. Por lá, quem aparecia para tentar a finalização no segundo pau era Memphis Depay. O holandês conseguiu chegar, mas na hora de finalizar, mandou muito por cima. Isolou!

Se Memphis desperdiçou o lance anterior, no seguinte ele fez o certo. Ndombélé carregou bola no meio de campo e achou o holandês se distanciando da marcação em arrancada. A assistência deu certo e Depay acabou tocando na saída do goleiro japonês Kawashima e colocou no cantinho: 3 a 0! Na sequência, tinha mais Memphis Depay. Por questão de poucos minutos, lá estava ele com a bola novamente, foi até o fundo, perto da área e prendeu. Achou Traoré entrando e o burkinabé marcou o 4º do OL com assistência do holandês: 4 a 0!

Depois do quarto gol, trocas. O Lyon trocou tudo em pouco tempo, colocando primeiro Mariano Díaz no lugar de Traoré e depois Gouiri para a saída de Houssem Aouar. Mais tarde, Pape Cheikh Diop estreava pela Ligue 1, saindo Ndombélé. Frédéric Hantz também alterava seu time, mas por lesão. Palmieri era mais um agora na lista de lesionados e dava espaço para Rivierez. Depois foi a vez de Mollet dar lugar para Poblete.

Por duas vezes, o Metz conseguiu causar perigo ao gol de Anthony Lopes. Nas duas, em ocasiões de fora da área. Na primeira, quem assustou muito foi Renauld Cohade. Ele pegou um chutaço de fora da área e mandou no ângulo. Lopes buscou em uma defesa plástica e salvadora. Depois, foi Nolan Roux, que tabelou com Rivière e tentou colocar no cantinho. A bola raspou na trave. Foi por pouco.

Mesmo com o placar em franca goleada, o Lyon parecia querer mais. Mariano Díaz entrou e queria buscar o dele. Talvez por isso, foi bastante individualista nas chances que teve. Mas se teve alguém que não foi fominha hoje, este alguém era Memphis Depay. Em mais uma oportunidade de gol, ele passou para Mariano Díaz que, desta vez, conseguiu ampliar. Tocou na saída de Kawashima e fez o 5º do OL. E mais uma com assistência de Memphis. Era a quarta dele no jogo: 5 a 0!

Com o placar elástico e já pertinho do fim, o Lyon se tranquilizou no jogo. Todo mundo que queria fazer gol já tinha feito e o Metz já era animal abatido dentro do gramado. No Saint-Symphorien, os torcedores já não gritavam mais e só assistiam ao espetáculo protagonizado, principalmente, por Memphis Depay. Antes de Gautier apitar o fim de jogo, a turma já saía do estádio a e vitória do OL já estava mais do que sacramentada. Nem precisou de acréscimos.

Em mais uma das “finais” que Bruno Génésio citou na coletiva, o Lyon agora foca suas forças no Amiens, no próximo sábado (14). A partida será no mesmo horário em que foi esta, contra o Metz: 12h do horário de Brasília. Duelo válido pela 33ª rodada do Campeonato Francês, no Groupama Stadium. Até lá!

FOTOS: France Football / olweb.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


GOLS DA PARTIDA:


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